504 após a Reforma, precisamos reafirmar e viver: SOLA SCRIPTURA!

 


Costumo dizer que as páginas da Bíblia estão manchadas de sangue. Continuamente reafirmo isso à Igreja, numa tentativa quase que desesperada, de fazer com o que o rebanho que é do Senhor, perceba que, o maior legado da Reforma para a Igreja hodierna é a Escritura Sagrada. O acesso à Palavra, a oportunidade de nela encontrar o Salvador, de ter a vida verdadeira transformada, de buscar por uma sociedade influenciada por cidadãos dos céus e que almejam a cidade cujo arquiteto e fundador é Deus (Hebreus 11.10).

A Reforma fez ecoar no mundo inteiro que a Palavra é o cetro pelo qual Deus governa sua Igreja. Ao bradar o ‘Sola Scriptura”, os reformadores estavam dizendo que o meio pelo qual a vontade do Senhor é revelada à sua Igreja é a Santa Palavra. Eles estavam afirmando categoricamente que ela é a inerrante voz do Deus infalível ao homem. Estavam gritando que nada além da Escritura é a Palavra de Deus, que ninguém, nenhum líder, tradição ou sistema religioso, detém o poder de governar a Igreja. Ele, o Senhor, a governa pela sua Palavra.

Os demais ‘solas’ da Reforma estão condicionados ao entendimento e convencimento do ‘Sola Scriptura’, como imprescindível e urgente à vida do povo de Deus. Ninguém compreenderá o Solus Christus, o Sola Gratia ou o Sola Fide, sem que possa entender o valor da Sagrada Escritura. Sem a Palavra não haverá pregação fiel, sem pregação do Evangelho, o homem não se arrependerá dos seus maus caminhos, não será vivificado. Sem a Palavra, o homem não compreenderá que em tudo, Soli Deo Gloria.

A maior mazela da Igreja hodierna é que ela não ama a Palavra de Deus. E se não a ama, não crescerá na fé, não anunciará Cristo às nações ou o fará de modo absurdamente deturpado, como tem sido em nossos dias. Sem a Palavra a Igreja não é pastoreada, guiada, direcionada por homens em cujos corações está fincada a doutrina dos apóstolos.

O grande desafio da Igreja Reformada não é passar por uma ‘nova Reforma’, é na verdade, se apegar com todas as suas forças aos antigos postulados que nos asseguram que a Escritura é a voz de Deus.  É amar a Santa Escritura e nela, ouvir a vontade de Deus para nossa vida.

504 após a Reforma, precisamos reafirmar e viver: SOLA SCRIPTURA. Só assim diremos Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide e por fim, Soli Deo Gloria!

 

Um abraço afetuoso!


Rev. Ricardo Jorge Pereira
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