O ‘tempo da intocabilidade’ e a defesa da verdade

  

Vivemos uma época que chamo de ‘tempo da intocabilidade’ ou ‘era do melindre’.  Sob os mais diversos aspectos, as opiniões são tolhidas ou devem ser muito bem colocadas no mais perfeito estilo ‘pisando em ovos’, pois não se pode desagradar ou contrariar o outro. Há sempre o risco de se tornar impopular ou mesmo, de ser processado em virtude do que se pensa. Liberdade de expressão existe apenas no papel. E os que desafiam essa ‘filosofia da tolerância muda’ são ‘apedrejados’ virtualmente e até atacados fisicamente.

Quando se trata de fé a coisa é ainda mais severa. A era do melindre tem a seu favor o relativismo e a pluralidade das crenças, que, infelizmente são apoiados por muitos ditos cristãos. Com o auxílio das mídias digitais, é propagado que cada um crê como quer e ninguém tem o direito de contrariar sua fé, afinal a “verdade é relativa e não há absoluto”. Por fim, numa tentativa tosca de estabelecer o que chamo de ‘falsa paz’, é dito de forma bela, porém mentirosa, que todos os caminhos levam a Deus e que não importa a religião, pois todas são boas e o deus de um é o mesmo para todos.

Acredito que deve, sim, haver respeito e tolerância. Cada pessoa tem o livre direito de manifestar sua fé e deve ter seu ‘direito de crença’ respeitado. Tenho amigos de diversos credos e outros que não creem em nada. Procuro amar e respeitar cada um deles, mas não abro mão de dizer aquilo que creio como sendo VERDADE ABSOLUTA.  Certa vez, um camarada disse que eu pagaria o preço por me posicionar. Certamente esse texto pode me render mais alguns ‘preços’ a serem pagos. Lá vou eu me posicionar sobre as frases mencionadas pelos ‘pseudo agentes da falsa paz’.

“Todos os caminhos levam a Deus” e “as religiões são diferentes, mas o Deus é o mesmo”. As frases são bonitas e, via de regra, estão nos lábios dos que pregam tolerância e igualdade. Pois bem, prego tolerância, igualdade e respeito, mas não negocio a verdade absoluta. O Evangelho é a verdade e fora dele, não há padrão de fé aceitável e capaz de conduzir o homem a Cristo. Estou, sim, afirmando que fora do Evangelho de Cristo não há salvação!

Mas todos os caminhos levam a Deus? SIM! Todos os caminhos, todas as escolhas, todas as rotas, meandros, becos, vielas, trilhas e até mesmo a não caminhada, de algum modo conduzirão os homens para dia em que estarão diante do Juiz de todas as coisas, para o Criador Absoluto. Neste dia, todos, absolutamente todos, saberão que a VERDADE é ABSOLUTA.

No grande dia, budistas, ateus, espíritas, cristãos, muçulmanos, agnósticos, ricos, pobres, brancos, negros, héteros, gays, reis, políticos, religiosos, enfim todos, independentemente dos caminhos que trilharam, comparecerão perante o Trono do Juízo, e, nessa hora, muitos compreenderão que nunca dependeu de seus méritos, de sua capacidade intelectual, de suas virtudes, ritos e mantras. Nessa hora, ficará evidente que, apenas O CAMINHO conduziu pessoas de todas as línguas, tribos, povos e nações para o feliz encontro desse dia, que será de alegria e dor. Infelizmente para eles, será tardia essa compreensão e não haverá mais tempo. Eles estarão perdidos eternamente.

No Grande dia do Senhor, todo joelho se dobrará diante do Cordeiro que foi morto e reviveu - Porque está escrito: ‘Por mim mesmo jurei’, diz o Senhor, ‘diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus’ -  Romanos 14:11 . Sim, todos hão de se curvar diante da Verdade Absoluta, do Deus Vivo e Verdadeiro, do Criador de todas as coisas. Uns cheios de uma indizível alegria, de um gozo inexplicável (Leia Apocalipse 5), outros tomados da mais absurda certeza de condenação (Leia Apocalipse 6.12-17). 

Haverá profundo desespero nos corações dos que não o tiveram como Senhor de suas vidas antes daquele dia.  Permitam-me ser mais claro: Aqueles que não se dobrarem diante de Jesus Cristo, reconhecendo-se miseráveis pecadores, incapazes de qualquer bem e completamente sem o menor direito de acesso ao Pai, estarão perdidos no Grande e Terrível Dia do Senhor. Ele lhes será Juiz e não Salvador.

Todos os caminhos levam a Deus? SIM. Mas apenas nO Caminho você vai com o EMANUEL. E com Ele, a ‘chegada’ é feliz. Sem Ele a morte é certa. Não importa sua trilha, seu caminho, sua rota de fuga... Um dia estaremos diante d'Ele, e, nessa hora perceberá que apenas Cristo era o Caminho a ser seguido.

“Ah, mas todas as religiões são boas e o Deus é o mesmo” -, você pode me dizer. NÃO! Nenhuma religião é boa! Ao menos não do ponto de vista espiritual. Apenas O EVANGELHO é bom. Apenas o EVANGELHO conduz o homem a Cristo e, apenas em CRISTO, há salvação.  E todo homem separado de JESUS é um escravo do pecado, obediente a Satanás e, seu caminho, por mais agradável, terapêutico e prazeroso que seja, não o levará para um encontro de paz com o Senhor de todas as coisas (Leia Efésios 2.1-4).

Na ‘era do melindre’ no ‘tempo da intocabilidade’, quero deixar claro que apenas o EVANGELHO é a VERDADE ABSOLUTA e que, apesar de respeitar todos em suas escolhas, permanecerei dizendo que apenas JESUS é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.6). Apenas o EVANGELHO ensina que a escolha nunca foi do homem, sempre foi DO ÚNICO SENHOR.

Em meio a essa grande ‘era do melindre’, do não me toques; reafirmo que não há em mim ou em nenhum ser humano, por mais ético, justo, decente, bondoso que seja, um, apenas um mérito, uma virtude, uma bondade... Não há nada em nós que possa nos fazer alcançar um padrão de santidade agradável a Deus. Somente em Jesus e pelos méritos d'Ele, o homem pode achegar-se ao Trono da Graça. E pelos méritos d’Ele somos vivificados, feitos pedras vivas, sacerdócio real, nação santa (Leia 1 Pedro 2.1-10). Somente n’Ele há salvação. D’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele, somente a Ele, seja toda a glória! (Leia Romanos 11.33-36).

Por fim, quero deixar claro que se o homem não está sob o senhorio de Cristo, certamente não o conheceu como Salvador. Isso não é religião, isso é o EVANGELHO e como já bem disse o poeta “o Evangelho é que desvenda dos nossos olhos...”. Não importa o ‘currículo eclesiástico’, a tradição familiar, os cargos numa denominação, a quantidade de pessoas evangelizadas, nada disso importa! Apenas a CRUZ, somente o CORDEIRO DA CRUZ, morto e ressurreto é que importa!

Que o Deus ÚNICO abra os corações, retirando-os dos falsos caminhos e conduzindo-os pelo CAMINHO que é VERDADE e VIDA.


 Rev. Ricardo Jorge Pereira
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