O CORDEIRO ESTÁ VIVO! SE ALEGRA PASTOR INFIEL!


Recentemente li uma inteligente crônica sobre um "pastor infiel" e o "cordeiro ferido". Isso me levou a refletir. Pensei sobre o Cordeiro que foi, moído, humilhado e morto em favor não apenas do pastor daquela crônica, mas de todos os infiéis que a ele se chegam. Pois bem, fui levado a pensar sobre o que o Cordeiro Ferido FEZ POR MIM, e por outras pessoas que assim como eu, assumem que realmente somos: INFIÉIS PECADORES!

Antes porém,  viajei numa suave reflexão sobre quem sou.  Lembrei o quanto o pecado habita em meu coração, o quanto desejos e posturas desagradáveis ao Cordeiro são presentes em mim, um pecador miserável. 

Vi-me como o salmista Davi quando confrontado pelo profeta Natã em virtude dos pecados cometidos contra o Senhor Deus (Veja 2Samuel 11). Repeti em minha mente as palavras do rei apanhado em pecado. Consciente de sua culpa e condição miserável o rei adúltero e homicida disse: "Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado. Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue. Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me. Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe"Salmos 51:2-5"

Como Davi fui levado ao reconhecimento de quem sou. Como o religioso e arrogante Jó, pude ter a certeza mais uma vez de que a verdadeira experiência de conhecimento e intimidade com Deus nos levam ao reconhecimento de que somos pecadores miseráveis, abomináveis até por nós mesmos. Como o apóstolo Paulo pude ponderar que o bem que quero, não consigo realizar, mas o mal que não quero, acabo por executar. 

Antes de pensar no Cordeiro, percebi-me mais uma vez como sou: miserável, pobre, cego e nú. Mais que que isso, vi-me condenável, incapaz, infeliz e inútil. 

Ah! queridos, foi exatamente aí que lembrei de uma frase do Cordeiro. Sim, do Cordeiro que foi moído pelas minhas transgressões, traspassado pelas minhas culpas, condenado em meu lugar, morto na minha cruz, lançado "no meu inferno". Lembrei-me  do diálogo do Cordeiro ressurreto com o incrédulo Tomé: "E Jesus disse a Tomé: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia". Disse-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu!Então Jesus lhe disse: "Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram".  João 20:27-29

Nesse momento uma alegria indizível tomou conta do meu coração. SOU BEM AVENTURADO! Mesmo que acusadores me venham, SOU BEM AVENTURADO!

A completa convicção de que, apesar do que sou, o Cordeiro deu-se em meu lugar, morreu na maldita cruz encheu minha alma de felicidade. Mais que isso, Ele ressuscitou! Está vivo e por isso é possível crer no amanhã. Por isso, posso ser feliz com uma felicidade inesgotável e eterna. 

Mas essa convicção trouxe a mente outra verdade inegociável e inarredável: Nada pode nos separar do amor de Deus. Isso mesmo. Mesmo que venham provas, investidas, ataques... 
Enfim, venha o que vier, venham nuvens traiçoieras, venha a cruz pesada... Nada pode nos separar do amor do Cordeiro que por nós se deu naquela cruz.

Enfim, voltei meus pensamentos para o pastor infiel da crônica.  E por um momento atrevi-me a entrar na história e dizer ao pastor: Relaxa homem, o Cordeiro já não está morto. Ele ressuscitou e lhe deu o  privilégio de antes de tudo, ser ovelha rebanho do pastoreio do Senhor. Eu gritei cheio de prazer: O CORDEIRO ESTÁ VIVO! SE ALEGRA PASTOR INFIEL!

 Busque-o, aprenda com o Supremo Pastor. Descanse sob os cuidados daquele que lhe conduz pelas veredas da justiça. Caminhe calmamente na companhia do Cordeiro que é Pastor. Seu Pastor! Saiba que mesmo no vale da sombra da morte ELE estará com você (Salmo 23). 

Por fim, pude ponderar em meu coração que a paz alcançada e dada pelo Cordeiro que foi morto e reviveu deve tomar conta dos corações inquietos, acalmar almas abatidas, acabar acusações dos que não são capazes de compreender que o amor do Cristo, o Cordeiro de Deus, cobre multidão de pecados.

Aquela crônica terminava triste e deixava interrogações sobre o futuro do pastor que no final das contas era mais ferido que o Cordeiro a quem abandonara. Aqui, o pastor que se percebe ovelha, é capaz de ser tomado pela indizível alegria do Espírito, ao lembrar que a obra do Cordeiro é definitiva e que a graça de Deus lhe é suficiente.

Aos meus amigos leitores, aconselho que se deleitem nas mais sublimes convicções de que o Cordeiro Ferido é o Leão da Tribo de Judá que ressurgiu vitorioso e que votará cheio de glória. Nesse dia, todos que se reconhecerem carentes do perdão e da bondade de Deus serão congregados como ovelhas do Supremo Pastor.

Que o Cordeiro de Deus nos bendiga!!





Caco Pereira,
Ovelha perdoada.
Apesar de infiel.

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