O “espírito natalino” X O ESPÍRITO NATALINO




Final de ano chegando, festas sendo programadas, confraternizações, amigos secretos, reuniões de famílias, enfim, começamos a vivenciar o “espírito natalino”. Mas o que há mesmo de festa nessa história toda? O que há para comemorar? O que temos para festejar?
Engraçado que teoricamente nesse momento em que comemoramos o nascimento do Emanoel (que certamente NÃO NASCEU EM DEZEMBRO – mas isso não importa; a data é mero detalhe, o que é marcante é o fato de que Deus se fez homem e habitou entre nós – Leia João 1.14) as pessoas lembram-se de tudo, menos daquele que deveria ser o celebrado. Na verdade, o Nazareno é substituído por um velho engraçado ou pelo tal “espírito natalino”, um esquema completamente hipócrita e desprovido da verdade. A época que deveria promover uma verdadeira reflexão, sincero temor e profunda gratidão a Deus, tem sido transformada em um tempo de promessas vazias, ilusões e falsidade relacional.
Sem contar que em dezembro, sob a hipocrisia de um NATAL SEM CRISTO as pessoas trocam compromissos de relações pautadas pelo amor a Deus por presentes e bajulações. Ainda há os que apenas aproveitam o feriado religioso para cair na farra, da bebedice, no sexo fácil.
Não tenho nada contra cada cidadão exercer seu direito de ir vir, de beber, fumar, namorar... Enfim, cada um, do ponto de vista social e civil é “dono” da sua vida, tendo o direito de fazer o que quiser dela. Mas é claro que me entristeço quando vejo tanta gente devastada por um esquema vil que apenas as destrói e já não o faz lentamente, a coisa é rápida e eficaz.
Infelizmente as pessoas não percebem que o tal “espírito natalino” é o mesmo que impera o ano inteiro e que no final de ano, apenas se traveste de bondade e alegria, de festa e entusiasmo. Pare e pense um pouquinho, tente perceber se há diferença entre ir para uma festa regada a álcool, sensualidade exacerbada e drogas em agosto e fazer a mesma coisa em dezembro. O que diferencia uma da outra? O mês? A decoração do ambiente? O fato de cantarem uma musiquinha de um Jesus sofredor que nasceu na manjedoura, tão coitadinho? É esse o verdadeiro sentido do Natal?
Dói na alma andar pelas ruas da cidade e perceber jovens e adolescentes corroídos por um sistema que os traga vorazmente. É calamitosa a situação de pessoas que simplesmente vivem escravizadas pelo espírito que agora se chama “natalino”. Dói inda mais ter que reconhecer que a Igreja É CULPADA desse cenário. Somos sim culpados porque nos omitimos. Ficamos mudos diante de um sistema pecaminoso que escraviza pessoas sob uma falsa felicidade.
Mais que isso, a Igreja é culpada por ter se adequado ao “espírito natalino”. Também nos enchemos de promessas vazias, nos relacionamos hipócrita e superficialmente e cantamos em alto e bom som o coro dos zumbis do “NATAL SEM CRISTO”. Agimos de modo completamente contrário a orientação do nosso Rei.  Ficamos o ano inteiro mudos, estáticos, inertes enquanto nossa sociedade apodrece. Somos sal no saleiro, lâmpada embaixo da mesa. Não evitamos a putrefação, não damos sabor, não iluminamos durante o ano inteiro, mas em dezembro, ah! Em dezembro é natal, vamos nos enfeitar, iluminar! Vamos à festa! Afinal de contas, é natal!
Mas e aí paramos de comemorar o natal?  NÃO! Mas não esse natal de luzinhas, encanto, comércio (nada contra as decorações natalinas, mas elas não SÃO O MOTIVO DA FESTA!). Precisamos aprender a viver sob Cristo que nasceu, morreu e RESSUSCITOU! Devemos anuncia-lo, não como o coitadinho da manjedoura, mas como REI RESSURRETO, TRIUNFANTE, VITORISO!
Viver sob Cristo é sim o VERDADEIRO ESPÍRITO NATALINO. E isso não é apenas em dezembro. É de janeiro a janeiro, todos os dias, todas as horas, todos os instantes de nossas vidas. Não podemos deixar que as crianças cresçam achando que natal são luzinhas, renas e um velhinho engraçado trazendo presente. Não podemos comprar e vender a ilusão do “espírito natalino” que tenta tomar o lugar de Cristo.
Viver sob Cristo é sim o VERDADEIRO ESPÍRITO NATALINO. E isso só é possível com a celebração de diária do Deus único. Não acontece apenas em dezembro. Esse natal é VIDA! É a resultado da firme e sincera decisão de abandonar completamente tudo aquilo que temos, somos e amamos, mas que sabemos ser contrário a Deus.
Quero lhe convidar a CELEBRAR O NATAL. Mas não apenas em dezembro. Não no meio de uma bebedeira, nem mesmo na troca de presentes, afagos, promessas. Quero convidar você a CELEBRAR O GRANDE REI em todos os dias de sua vida, com todas as forças de seu coração. Desejo sinceramente que ELE seja o motivador de seu sorriso, de seu canto, de seus anseios.
Natal é Deus conosco sempre!
  
 Pr. Caco Pereira

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