Foi uma grande vitória! Uma enorme alegria
tomou conta da Igreja cristã no mundo inteiro. Dia 08 de setembro de 2012. O
pastor Yousseff Nadarkhani foi libertado
pelas autoridades iranianas. Estamos sim com os corações cheios de gozo no
Senhor Deus. Sua libertação foi uma
constante nos pedidos de orações dos cristãos nos quatro cantos da Terra. Não
tenho dúvida alguma que o Pastor de nossas vidas ouviu nossas petições.
Mas uma pergunta não saiu da minha mente
hoje... E se ele tivesse sido condenado a morte? Como reagiria a igreja cristã
se no dia de ontem a sentença não tivesse sido tão agradável? Será que
estaríamos louvando a Deus pela vida e pela morte de um servo que decididamente
se deu em favor do evangelho da cruz?
Temos posturas tão triunfalistas,
decretadoras e deterministas das bênçãos de Deus que via de regra não somos
capazes de ser gratos por aquilo que não enxergamos como bênçãos. Se esse nosso
amado irmão tivesse morrido pelas mãos dos iranianos, Deus continuaria sendo
Senhor da Igreja, se ele tivesse sido executado não seria o primeiro e
certamente não o último a perecer como alguém de quem o mundo não é digno. Ah
queridos irmãos, se Yousseff tivesse morrido estaria agora bem mais vivo que
todos nós.
Mas infelizmente fomos condicionados
a só enxergar a glória de Deus se houver glórias do homens. Atrelamos
diretamente sucesso humano, honras, aplausos, êxtase a bênção de Deus. Mas
durante mais de um ano o irmão Yousseff vivenciou na prática o privilégio de
padecer em nome de Cristo e isso sem dúvida alguma PROMOVEU A GLÓRIA DE DEUS!
Claro que estou feliz pela
libertação dele. Não tenha dúvidas que vibrei de alegria ao ler no blog do
pastor Renato Vargens sobre a soltura desse homem de Deus. Mas sinceramente
teria meu coração em paz se a sentença fosse outra. A paz que tomaria meu
coração seria resultante do belo testemunho desse homem, de sua esposa e
filhos, permanecendo firmes, inabaláveis e decididos a conservar intacto o seu
testemunho resultante da manifestação real do Espírito Santo de Deus em suas
vidas.
Quero hoje nessa minha volta ao Ortopraxia
desafiar você a não olhar com
gratidão apenas quando as vitórias vem, mas também quando a dor é maior, o
medo, a frustração e as decepções predominam. Quero sugerir que invista tempo
diante de Deus buscando dEle não apenas os triunfos, mas muito mais que isso,
um coração disposto a submeter-se a toda e qualquer decisão do Autor e
consumador de sua fé.
Que o Deus de Vivo e nosso nos ensine a contar as bênçãos e
dizê-las com prazer, mesmo quando as dores, lutas e tristezas tragarem os
sorrisos, as alegrias e o prazer!
Que Deus nos apascente!
Um abraço carinhoso,
Caco Pereira
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