POR QUE TANTA OJERIZA?


Esses dias reencontrei um ex-aluno muito querido, o Alex. Um moço é uma figura sensacional. Conversamos um pouco sobre a Igreja... Entre idas e vindas no papo ele falou algo que promoveu certo impacto. Foi algo do tipo: “as pessoas de fora tem ojeriza da igreja”. Essa frase ecoou na minha mente, acompanhada de uma poção de questionamentos. O maior de todos eles foi: Por que as pessoas sentem ojeriza pela Igreja?
Creio que a maior razão das pessoas sentirem asco pela Igreja é a igreja. A institucionalização da fé de certo modo é algo danoso demais ao povo de Deus. A religiosidade é avassaladora, ela destrói a fé dos cansados, afasta os homens do Senhor, tornando-os simplesmente seguidores de um padrão, ou humilhando-lhes pela incapacidade de alcançar um padrão moral elevado ou os torna soberbos, arrogantes e presunçosos por acharem que são bons os suficiente para alcançarem o padrão de santidade divino.
Tudo gira em torno de rituais religiosos, cumprimento de normas estabelecidas sem direção bíblica e que servem apenas como regimento de aceitação em "clubes religiosos". Sinceramente? Entendo quando as pessoas “torcem a cara” aos evangélicos. Concordo com elas quando dizem que há muita hipocrisia.
A grande prova disso são líderes “santarrões” vivem padrões morais mentirosos, cheios de proibições do tipo não toque nisso, não prove daquilo, não ouça isso, não leia aquilo, mas mentem, enganam, fingem, “vendem” seus púlpitos a políticos. Tratam como os piores pecadores adolescentes que usam pearcings e tatuagens, no entanto toleram e “entendem” “cristãos” empresários sonegadores de impostos, políticos corruptos e tantos outros hipócritas que financiem suas vidas luxuosas.
Essa religiosidade vil que criou dois mundos distintos (a sociedade alternativa gospel X mundo pecaminoso de pessoas pobres, miseráveis, incapazes, inúteis...) faz com que os cristãos sintam-se uma espécie de raça pura (isso é uma confusão com “raça eleita”), com o direito de colocarem-se como superiores aos demais seres humanos, como pessoas mais especiais e certamente muito merecedoras do amor de Deus.
Mark Driscoll me fez odiar intensamente essa religiosidade morta que a cada seduz mais pessoas e as faz caminhar alegremente para o fogo do inferno, enquanto pensam que suas “boas obras” os estão conduzindo ao paraíso eterno. Essa falsa religião é alicerçada em radicalismos toscos, interpretações barateadas do evangelho e uma espécie de conformação do texto bíblico às doutrinas pré-estabelecidas por determinados seguimentos religiosos.
Sabe, também sinto ojeriza dessa religiosidade podre que não é sal; não suporto essa fé doente que não ilumina; não consigo chamar de irmãos essas pessoas asquerosas que simplesmente apontam os dedos acusadores àqueles a quem deveriam levar “LUZ DA SALAVAÇÃO”. Não são meus irmãos os que se omitem da função maravilhosa de serem embaixadores de Cristo (2Co 5.17ss), mas se acham filhos do Rei. Quem não está disposto a ser o mais miserável dos escravos jamais poderá ser chamado de Herdeiro!
A IGREJA de Cristo deve sim ser odiada por muitos, mas não por ser omissa, sem ética, cruel, mentirosa, banal, venal, vil... ELA NÃO É ASSIM! A Verdadeira Noiva do Rei é odiada exatamente por ser amante e praticante fiel da Palavra, por ser uma comunidade de amor, misericórdia, proclamação, compaixão, serviço, ética, enfim, ela é odiada pelo simples fato ser ADORADORA! Assim sendo é RELEVANTE, necessária e extremamente temida, pois vive, anda, depende e age no poder do evangelho!
Que o Senhor da Igreja nos conduza como IGREJA!
Um abraço,

Caco, o pastor!

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