“O EVANGELHO DE NOEL”

Outro dia em dos meus textos mencionei um ex-aluno chamado Alex. O moço é mais um "louco são" com quem tenho o prazer  de compartilhar alguns pensamentos, frustrações e sonhos em relação a Igreja. Ele escreveu um texto bastante interessante sobre o Natal. Não concordo com TUDO que está posto aqui, mas identifico-me verdadeiramente com o conteúdo central da mensagem do Alex. Por isso, publico hoje o artigo desse irmão "louco são". Leiam, concordem, discordem, sejam incomodados pelas palavras meio "ricardianas" ou muito "alexianas". 


...”Então é natal, e o que você fez, o ano termina e nasce outra vez”..., não sei se você recorda, mas, essa frase é uma estrofe da nostálgica música: “Então é Natal”, da cantora Simone, que nessa época é o hit’s dos corações entorpecidos pelo perfume do espírito de Roma, que exala na estação mística do Natal.
Das aberrantes heresias inauguradas há séculos atrás pela Igreja Católica, o Natal é uma delas, que universalmente ludibriou milhões de pessoas em uma fantasia alucinógena. É nesse “Clima de Natal” que assistimos um espetáculo de ficção protagonizado pelo lendário velhinho noel, expert na arte do ilusionismo, do consumismo, da segregação dos pobres e também na devoção do feitiço e da magia. É também nesse clima que os “evangélicos” (a maioria) disseminam o “Evangelho de Noel, uma pseudo-doutrina anual engendrada pelo “ego” humano que se alastra no hall dos que dizem: “Sou Uma Nova Criatura” (apenas dizem), os mesmos que também dizem que não praticam mais as virtudes do mundo (será?).
O chocante é que esse “Evangelho de Noel” tem um poder que adultera comportamentos, porém, é pérfido ao Evangelho de Cristo, pra mim, é bem melhor viver a fantasia em assistir a apresentação do “Cirque De Soleil” do que viver a fantasia do “Fantástico Mundo de Noel”.
Estonteante é a discrepância desses “evangélicos”, a religião que mais cresce no Brasil é a mesma que difunde e advoga fervorosamente suas mega-ideologias religiosas, realizam cultos pomposos e revestem-se de conceitos doutrinários (as vezes anti-bíblicos) para exibir aos ímpios um tipo de rótulo da perfeição, mas, diante de tudo,  há um agravante paradoxal, essa  “tribo evangélica” ainda não encontrou uma defesa espiritual-imunológica para esterilizar dos pendores natalinos e seus ritos, também não encontraram uma posologia ativa para incinerar a neo-heresia: “Evangelho de Noel”, que é meramente um sub-produto em merchandising promovido “espírito de Roma”( fundador do Natal).
         É nesse “Clima Natalino” que a “Ortodoxia” e a “Ortopraxia” são recambiados pelo carismático “Evangelho de Noel”. Poxa! Que indolência desses “evangélicos”, passivamente extirpam o teor bíblico de suas vidas e migram indecorosamente para o “espírito natalino”, fazem isso todos os anos (por comodidade) para não se sentirem como um peixe fora d`água, afinal, é Natal, e assim, os “evangélicos”convertidos por este clima alegórico cultuam os rituais mágicos do Natal, e bombasticamente aqueles disfarçados de “Discípulos de Cristo” travestem-se de  “Discípulos  de Noel”. Meu Deus! Que tempo é esse? Que loucura é essa? Por que o “espírito natalino” detém tanta gente? E que lástima ser um expectador desse “Evangelho de Noel”, uma calamidade espiritual.
         O clima do “Evangelho de Noel” pulveriza um efeito que faz com que os “evangélicos” tornem-se clones das virtudes dos ímpios nessa época, não obstante, compram a roupa e o sapato novo para usar na lunática “Noite de Natal”, enfeitam suas casas, gastam absurdos com presentes (a maioria fiado), participam do Amigo Secreto( ritual pagão oriúndo do ocultismo) que já é realizado dentro das Igrejas. Outros “evangélicos” realizam confraternizações na enigmática “Noite”, decorada com Guirlandas, Sinos, Árvore de Natal, Pisca-Pisca e som ambiente tocando “Jingle Bell” (e outras que dói no ouvido), e para degustação o famoso “Peru de Natal”. O inacreditável agora é real, Igrejas com fachadas bem Natalinas e Noelísticas,(tem umas que falta apenas o trenó do velhinho), realizam cultos temáticos ( para não ficar fora do clima de natal) e também já tem até pastor pregando com o “gorro vermelho” na cabeça.
         É por esse e outros motivos que a religião evangélica cresce no Brasil, com notoriedade detectamos que esse crescimento foi e continua sendo “pirateado”.  É lamentável ser um co-participante desse “Evangelho de Noel”, que é uma anomalia cristã e também um tipo de veredicto de que não ocorreu regeneração no coração e na mente dessa espécie de “evangélicos”, que com suas almas católicas anseiam os mais surreais desejos engavetados no “eu”, exportam virtudes pagãs, maquilam uma piedade farsista e permanecem órfãos do “Evangelho de Cristo”.          Roguemos para que o Poder da Misericordiosa de Deus transforme o “ego” desses “camaleões religiosos” ao perfil de Cristo. Mesmo sabendo que o Natal é uma farsa, contribuem, patrocinam e cultuam essa festa pagã pregando o “Evangelho de Noel”. Que o Senhor Deus, pelo Poder Inabalável de sua Graça mantenha Sua blindagem sobre a minoria convertida em Jesus Cristo.  Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo por toda essa minoria imunizada por Deus do “Evangelho de Noel”.

“Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo, a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens, não provém do Pai, mas do mundo”. ( 1Jo. 2. 15-16 )

* Alex Albuquerque é membro da Igreja Betel Brasileiro em Mangabeira 2, Publicitário e aluno do Seminário Teológico Betel Brasileiro em João Pessoa.

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